a busca continua

o blogduberna foi investigar os motivos que fazem nosso amigo adorar tanto o proibido e, mais preocupante, tirar essa onda de argentino. voltamos aos anos 40, quando a argentina estava entre os países mais ricos do mundo. juanito, fino galanteador portenho, passava as tardes lendo livros de filosofia nos cafés dos bairros chiques e, entre uma media luna e um cafezinho, arrasava corações entre as chicas. até o dia que ele conheceu uma coroa linda, viúva de um empresário milionário. todos pensavam que juanito queria dar o golpe na judia, mas na verdade o que o atraia é que com a viúva não podia! apesar dos conselhos dos amigos, que sugeriram que ele fosse com calma, juanito garantizava: “sé lo que hago, carajo!” se casou menos de 3 meses depois de conhecer a judia. foram de lua de mel em um cruzeiro pra israel. aí veio a fatalidade: ela pegou uma doença rara e morreu na viagem. juanito ficou desesperado. não havia dinheiro no mundo que curasse a dor no seu coração, chorava como um bebezão. até que resolveu radicalizar: “voy a nacionalizar brasileño y cambiar mi nombre para José, carajo!” e só pra contrariar, não foi pro rio de janeiro, preferiu um lugar sem praia, que fazia frio no inverno, mas onde as pessoas ao menos entendiam seu portunhol. logo na primeira semana conheceu uma guria sensível que, mais que entender seu portunhol, se compadeceu das agruras do zé. ali no café da praça XV eles deram seu primeiro beijo e ela ouviu a primeira de muitas promessas “vamos tener dos hijos maravillosos: marcelo y rodrigo!” mal sabia a tia marli que não tinha jeito. o zé estava apenas repetindo o que já estava gravado no DNA dos seus ancestrais. diz o ditado que “o fruto nunca cai muito longe da arvore”. taí hoje o joão pedro, do alto dos seus 8 anos de idade, neto do zé, filho do diguinho, apaixonado pela namorada de um amigo do seu pai. a busca pelo proibido continua. That’s all folks!